Novo mundo

Há dias de sol que não aquecem o coração

E dias de chuva que convidam a dançar.

Há dias que são um turbilhão...

E outros em que me permito descansar.

Há correntes, novos ventos e velhas marés,

Há planícies, longos vales e outras montanhas.

Percorro o novo mundo de lés-a-lés,

Deixo-o penetrar-me até às entranhas.

Queria conhece-lo melhor

Fechar os olhos, e percorre-lo sem pensar.

Reconhecer de imediato o seu sabor

Senti-lo, sem necessidade de lhe tocar.

Mas escapa-me sorrateiro entre os dedos.

Fugidio no seu singular modo de ser.

Carregado de outros fantasmas e medos

O novo mundo não me quer pertencer.

Andreia Natal